Entre muralhas; no seio da pedra,
Deitam-se sonhos, não se desespera.
Reencontram-se aqui identidades.
O presente funda um futuro de idades
Passadas que jogam com a nossa vida
Muda a raiz. Soa a despedida
Dos velhos e concretos pessimismos.
Neste lugar reinam objectivos
Duma comunidade que outrora viveu
De uma nova idade que nunca nasceu.
Estagnados ficamos, não tentámos mudar
E a pedra que eu toco faz-me cantar
A vontade de buscar a essência
E evoluir com essa influência
Que as árvores do Outono têm em mim
É no renascer que se encontra por fim
A mudança.
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Natureza parte II , "Renascer", poema de João Lopes
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